terça-feira, 6 de novembro de 2012

"Educai as crianças, prara não ser necessário punir os adultos"
Pitagóras.

A atuação do professor de educação infantil

 
A socialização do professor de educação infantil.
O professor que atua na educação infantil deve ter uma preocupação específica de como lidar com as crianças no dia-a-dia e em situações especiais. Ao se tratar de alunos iniciantes no convívio escolar surgem situações diferentes e inesperadas em relação às demais fases escolares.
A criança tem um jeito próprio de encarar as novas etapas que vão surgindo em sua vida. Muitas vezes pais e educadores encaram esses acontecimentos com maior dificuldade que a própria criança que está passando por determinada vivência.
O ideal é que o professor tenha algumas atitudes, estratégias e comportamentos que favoreçam uma melhor aceitação e desenvolvimento dessa criança no ambiente escolar e até mesmo no seu dia-a-dia, podendo, inclusive, colocar em prática certos conhecimentos adquiridos, porém de forma meio que inconsciente.
Buscando compreender melhor o mundo infantil e a aceitação da criança nessa nova experiência sugere-se algumas dicas de como proceder no mundo infantil:
• Buscar organizar o espaço infantil de forma que o ambiente proporcione harmonia nos aspectos psicológicos e biológicos da criança;
• No período em que a criança estiver no Jardim de Infância, passar a sensação de um mundo mais lúdico no qual a criança, apesar de estar passando por um processo de educação e aprendizagem, não se sinta educada formalmente.
• Criar hábitos de correção com suavidade e fineza.
• Ao propor atividades para as crianças, conduza-as da melhor maneira possível, de forma que essas venham lembrar-se do momento com saudade.
• Preparar o momento da leitura com maior carinho possível, visto que se trata de um momento mágico para a criança, bem como estimula o crescimento do vocabulário preparando-a para a alfabetização.
• Observar bem os seus alunos, podendo detectar o que pode melhorar ou até mesmo o que deve ser eliminado.
• Ter consciência que punições devem ocorrer para corrigir maus hábitos, porém busque a melhor forma de realizar, fazendo com que a criança tenha consciência do erro.
Ressalta-se que o bom professor aprende junto com seus alunos, antes mesmo de propor a educá-los.
Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola


FONTE:Canal do Educador

A ARTE DE ENSINAR

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Dia desses um garoto de 8 anos contava para a mãe suas experiências na sala de aula. Comentava sobre cada professor, sua maneira de ser e de transmitir ensinamentos.
Dizia que gostava muito das aulas de uma determinada professora, embora não gostasse muito da matéria.
Comentava, ainda, que detestava ter que assistir as aulas de sua matéria preferida porque não gostava da professora.
Dizia, com a franqueza que a inocência infantil permite: A professora de História está sempre de mau humor. Ela grita com a gente por qualquer motivo e nunca sorri.
Quando passa uma lição e algum aluno não faz exatamente como ela mandou, faz um escândalo. Todos os alunos têm medo dela.
Já a professora de Português está sempre sorrindo. Brinca com a turma e só chama atenção quando alguém está atrapalhando a aula. Eu até fiz uma brincadeira com ela um dia desses e ela riu muito.
Depois de ouvir atentamente, a mãe lhe perguntou: E por que você não gosta das aulas de religião, filho?
Ah, falou o menino, o professor é grosseiro e cínico. Critica todos os alunos que têm crença diferente da dele e diz que estão errados sempre que não respondem o que ele quer ouvir.
E, antes de sair para suas costumeiras aventuras com os colegas, o garoto acrescentou: Agora eu sei que, por mais complicada seja a matéria, o que faz diferença mesmo é o professor.
De uma conversa entre mãe e filho, aparentemente sem muita importância, podemos retirar sérias advertências.
E uma delas é a responsabilidade que pesa sobre os ombros daqueles que se candidatam a ensinar.
Muitos se esquecem de que estão exercendo grande influência sobre as mentes infantis que lhes são confiadas por pais desejosos de formar cidadãos nobres.
Talvez pensando mais no salário do que na nobreza da profissão, alguns tratam os pequenos como se fossem culpados por terem que passar longas horas numa sala de aula.
Mais grave ainda é quando se arvoram a dar aulas de Religião e agridem as mentes infantis com a arrogância de que são donos da verdade, semeando no coração da criança as sementes do cepticismo.
Quem aceita a abençoada missão de ensinar deve especializar-se nessa arte de formar os caracteres dos seus educandos, muito mais do que adestrar-se em passar informações pura e simplesmente.
É preciso que aqueles que se dizem professores tenham consciência de que cada criatura que passa por uma sala de aula levará consigo, para sempre, as marcas indeléveis de suas lições. Sejam elas nobres ou não.
É imprescindível que os educadores sejam realmente mestres, no verdadeiro sentido do termo.
Que ensinem com sabedoria, entusiasmo e alegria.
Que exemplifiquem a confiança, a paz, a amizade, o companheirismo e o respeito.
E aquele que toma sobre si a elevada missão de ensinar Religião deverá estar revestido de verdadeira humildade e da mais pura fraternidade, a fim de colocar Deus acima de qualquer bandeira religiosa.
Deverá religar a criatura ao seu Criador, independente da Religião que esta professe, sem personalismo e sem o sectarismo deprimente, que infelicita os seres e os afasta de Deus.
Por fim, todo professor deverá ter sempre em mente que a sua profissão é uma das mais nobres, porque é a grande responsável por iluminar consciências e formar cidadãos de bem.
Mestre verdadeiro é aquele que ajuda a esculpir nas almas as mais belas lições de sabedoria.
Verdadeiro professor é aquele que toma das mãos do homem, ainda criança, e o conduz pela estrada segura da honestidade e da honradez.
O verdadeiro mestre é aquele que segue à frente, sinalizando a estrada com os próprios passos, com o exemplo do otimismo e da esperança.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 11, ed. Fep.
Em 31.01.2010.

FONTE:Blog do Dirceu Rabelo

O poder educativo das imagens

        Gravuras muitas vezes ignoradas são capazes de estimular o raciocínio, a leitura e até a escrita durante as aulas
      
        Imagens não devem ficar restritas às aulas de Artes. Aquela foto em um livro de História ou Geografia é muito mais útil para o aprendizado de estudantes do ensino fundamental do que se imagina. Se bem discutido e interpretado, esse tipo de material ajuda a desenvolver o raciocínio e estimula a leitura e a produção de textos. Conhecida como leitura de imagem, a atividade faz com que as figuras deixem de ser percebidas como mera ilustração e sejam aproveitadas como recurso pedagógico.
Segundo a professora de Literatura da Universidade Federal do Pa­ra­­ná (UFPR) Marta Morais da Cos­­ta, a lin­­­­guagem visual tem um ritmo pró­­­­prio. Muitos aspectos podem ser analisados nela, como enquadramento, cores, formas, proporção, perspectiva e o que foi destacado. “Uma árvore é mais do que uma paisagem. Pode representar, por exemplo, abrigo ou destruição. Tudo isso tem um significado que precisa ser interpretado pelo aluno.”

        Entretanto, cabe ao professor esse papel. Para se chegar a um resultado, é preciso que ele estimule o debate da imagem em sala de aula, independentemente da disciplina. Em aulas de História, Geografia, Ciências e Português, por exemplo, a tarefa é mais fácil. Mas, até as figuras dos livros de Matemática podem trazer um significado.
        Esse tipo de recurso é bastante usado na pré-escola, antes de a criança ser alfabetizada, já que o contato visual é o primeiro estímulo que a criança tem e é a forma de adquirirem habilidades pré-linguísticas. Porém, embora a leitura de imagens esteja prevista nas diretrizes curriculares do ensino fundamental, especialistas e pedagogos são unânimes em dizer que poucos professores estão preparados para conduzir a atividade com qualidade.
        O que muitos ainda estão acostumados a fazer é uma leitura formal das figuras, sem explorar suas várias possibilidades e provocar os alunos a perceberem outros sentidos em tudo o que veem. Como a imagem é mais fácil de ser lida, ela chama mais a atenção do estudante e pode ser a porta de entrada para a leitura de textos, até maiores e mais complexos.


Apelo estético
       
        É mais comum nas escolas a análise de imagens de arte por causa do apelo estético, embora todo e qualquer tipo de figura possa e deva ser analisado. Foi a partir dessa constatação que a professora de Artes Visuais da Universidade de Caxias do Sul (UCS) Maria Elena Rossi criou a coleção de livros didáticos As Imagens Falam, que traz um conjunto de 160 imagens de todos os tipos ao final de cada volume para que o professor estimule os alunos a analisá-las.
“Até os 12 ou 13 anos todos percebem as figuras da mesma forma. Com a mesma leitura ingênua. Conforme consolidam sua formação cultural e conhecimento de mundo, mudam a forma de ver. Se estimulados corretamente, conseguem perceber mais características, o que aumenta a perspicácia, atenção e a capacidade descritiva”, explica.


Auxílio na superação de dificuldades


Adriana Czelusniak

        As figuras também são um recurso importante no processo de ensino de crianças que têm alguma dificuldade de aprendizagem. Várias abordagens da pedagogia e da psicologia baseiam-se em ilustrações e quadros de rotina com imagens. Esses materiais enriquecem e possibilitam o aprendizado de estudantes com diferentes diagnósticos, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dislexia, autismo e outros distúrbios que interferem na comunicação.
        No caso do TDAH, os recursos visuais são fundamentais, pois facilitam o entendimento e trazem aspectos mais atrativos para o conteúdo. “Essas crianças tendem a se distrair com muita facilidade. O uso de ilustrações para a transmissão do conteúdo pode prender mais a atenção delas, assim, o nível de concentração também aumenta”, explica a psicopedagoga Priscilla Santana Van Kan.
        Segundo Priscila, quando o estudante apresenta dislexia e tem muita dificuldade para ler e escrever, as figuras o ajudam a compreender melhor sem depender tanto da linguagem escrita. “Aí ela verbaliza e, dependendo do grau de dificuldade, a escola pode colocar a prova oral como adaptação curricular para a criança. Estudar e aprender não são só leitura. Cada vez mais as próprias crianças precisam dos recursos visuais”, diz.
        Pessoas com diagnóstico de autismo têm déficit na linguagem, mas boa parte delas tem memória e percepção visual bem apuradas. Essa característica faz com que métodos que usam figuras, como o Teach e PECs, sejam um importante canal de comunicação e ensino. “Os métodos usam uma habilidade que elas têm para compensar e estimular áreas deficitárias”, diz a psicóloga Manuela Christ Lemos.


FONTE: